quinta-feira, 24 de abril de 2008

Inclassificável

Porque pensa que me sabe de cor
Não. Com você não passei do limite.
Fui um dedo. Um dedo, apenas...um dedo.

O que faz me prender
nessas noites em que penso nessa droga
(que quero)
essa droga...de querer-te, sim?!

Você que desliza em tantos deslizes...
Chega, afinal, chega
Dois pontos: aqui não cabe mais nada...senão você.

Me perco,
perde.

Vem divagar...devagar
calmamente...insinua...e completa...
até o finalmente!

Em baixo do Cruzeiro do Sul
me ganha, na grama e guarda
por dentro e por ora

A arte,
me inspira,
me espia,
com seus olhos abertos
e os seus, de dentro (tão pequenos!)
me bloqueia e não ateia
se bloqueia
dependente de pequenas queixas
inválido
injuriado
disfarçado
se esquece, que é, apesar delas...

O que?

(Se não tenho, pode até me bastar...saber do seu desejo?)

É preciso não se perder
É preciso estar atento
É preciso desviar e não precisa de licença

Por que põe na minha boca o gosto do que pode ser...e me deixa assim?!
Tão dependente.

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